terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ATÉ LOGO!



“Simples viagem; o tempo não cabe; a gente é quem sabe; simples viagem.” (Cidade Negra)

O dizer “adeus” é um momento tão inexplicável que você não sabe se é uma despedida para sempre ou apenas um “até logo”. Muitas vezes um sentido prevalece sobre o outro e tudo volta ao normal. Quando essa pessoa a quem se dirige com essa palavra tem um significado especial, aí a sensação se torna diferente. O “adeus” dedicado a São Félix, o artista, parece um “até logo” pois ele, com seu jeito de criança inocente, passou pela vida de muitas pessoas como alguém que conseguiu trazer alegria, motivação e sorriso sempre. Com seu jeito meio engraçado no andar e olhar sorridente, ele mostrava que a vida era muito simples, basta querer. Agora por quê “até logo”? Bem, em cada obra deixada nesta cidade e até mesmo fora dela, quando recebia várias encomendas, São Félix vai está presente, todos vão lembrar dele. Eu não conheci o Julio Barbosa, pois São Félix nunca deixou que esse nome pomposo tomasse conta dele nas suas brincadeiras e artes, talvez o Julio Barbosa fosse sério demais e ele, por respeito, preferiu o apelido que, independentemente da sua cidade natal, virou sua identidade “oficial”. São Félix, “até logo!” sua arte, vai fazer você ser lembrado por muitos, para sempre mas o seu sorriso, hum! esse, só por aqueles que tiveram o privilegio e orgulho de tê-lo conhecido, de ter estado próximo, de ter participado das suas brincadeiras e de ter dado boas risadas com você.

Carlos Maciel

domingo, 16 de janeiro de 2011

SÃO FÉLIX - ETERNO ARTISTA - 21/03/1927 + 16/01/2011


Como a vida é estranha! Geralmente se pensa que tudo vai estar a seu favor e de repente o destino prega algo que não se espera. São Felix, feliz, enfeitiçado pelo reconhecimento que tardiamente estava acontecendo na sua vida, quando, com mais de oitenta anos, ele já não esperava. O sonho de terminar a sua obra mais querida - a Praça dos Pioneiros - aquela em que ele contava resumidamente, através da sua arte o inicio da história de Itapetinga, uma cidade que tanto amou e na qual ele deixa marcada para sempre com sua simplicidade e dedicação, em cada canto, em cada esquina, a magia das suas mãos. Mãos calejadas de uma pessoa adulta, que mais parecia uma criança, pela simplicidade, inocência e amor que ele dedicava a todos que estavam por perto. Amado por todos que o conhecia, pela família Ginasio Agro Industrial de Itapetinga (alunos, professores e funcionários), pela sua alegria e piadas que fazia com todos que encontrava em seu caminho, São Félix não sabia mensurar o valor que tinha, não ligava para fama, dinheiro, nada disso o comovia; para ele a sua arte era a coisa mais importante e por ela, ele perdia sono, se preocupava, angustiava e sua vontade de finalizar uma obra era muito mais forte que sua saúde que, já meio balançada pela idade, muita vezes o impedia de seguir da forma que tanto desejava. Félix, um artista gigante num corpo frágil, se foi, ceifado tragicamente pela violência que impera nesse mundo conturbado e assim como tantos outros artistas pelo mundo afora, será reconhecido e endeusado por tudo que deixou. Hoje, Itapetinga, e o mundo da arte perderam, mas o Céu recebeu um grande artista e como ele mesmo gostava de dizer - "Itapetinga, ainda que o destino nos separe! Serei aquele que um dia te embelezou".
Adeus São Félix!

Carlos Maciel

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Praça dos Pioneiros


O vaqueiro

Reinauguração da praça dos Pioneiros


Uma festa que marca mais uma vez a história de Itapetinga-Bahia no dia do seu aniversário, 12 de dezembro. A reinauguração da Praça dos Pioneiros no centro da cidade, mostra alguns personagem que iniciaram a história de uma das mais belas cidades do sudoeste do estado.